terça-feira, 29 de dezembro de 2009

2009 – O Brasil se apresenta ao mundo



“O Brasil quando sonha sacode Washington; quando se move desloca o Continente; e quando acordar abalará o mundo.” John Gerassi (jornalista estadunidense).

E não é que o “gigante adormecido” despertou mesmo!
O ano de 2009, não obstante ter sido o ano da crise econômica mundial mais devastadora após a grande depressão de 1929, foi muito positivo para o Brasil.
“Foi um ano bom para o Brasil. A crise financeira internacional acabou sendo uma boa oportunidade para mostrarmos ao mundo a força da nossa economia e a nossa capacidade de superação e, com isso, nosso país ser ainda mais respeitado nos fóruns internacionais”, disse Lula à ISTOÉ, ao saber que foi eleito pela revista “O Brasileiro do Ano”..
O Brasil está na moda e durante todo o ano foi tema de capa das diversas revistas e periódicos internacionais, sem contar os mimos dispensados ao Presidente LULA que teve sua foto estampada nas capas de jornais como "El Pais" e "Le Monde" como personalidade do ano. Conhecido como “O País do Futuro” o Brasil, mais presente que nunca, desponta como uma das principais forças globais deste início de século e já é presença obrigatória nos principais foros internacionais.
Essa conquista, no entanto, é fruto de um processo iniciado com a estabilização da moeda que, levado a risca e aperfeiçoado pelo atual governo, propiciou um cenário absolutamente favorável ao nosso país.
Graças ao empenho brasileiro o G8, grupo restrito de países que se reuniam para decidir os rumos do mundo converteu-se em G20 (formado pelos países mais ricos e os emergentes). No plano internacional, o Brasil também se destacou, mantendo soldados no Haiti e oferecendo abrigo ao presidente deposto de Honduras em sua própria embaixada. Tal medida, assim como a hospitalidade ao presidente do Irã, ainda que serem consideradas polêmicas por alguns, colocaram o Brasil no centro das atenções da imprensa mundial que deram grande destaque aos dois episódios, numa franca demonstração de que cada passo dado pelo Brasil repercute em todo o globo.
Soma-se a isso a descoberta de vastas áreas de petróleo no litoral brasileiro e a conquista do direito de sediar os dois eventos esportivos mais importantes do planeta, podemos concluir com orgulho que a previsão do jornalista que abre este artigo estava correta.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Laranjas da CUTRALE e "laranjas" do MST


O dado "concreto" é o seguinte...

O MST náo é flor que se cheire e qualquer um aqui com 0,1 de QI sabe disso...

Deixemos as paixões ideológicas de lado e analisemos os fatos.

O MST está corrompido atualmente, tem políticos por trás, perdeu a virgindade, portanto, não é mais donzela.

A atitude do MST no episódio aqui descrito tem tanto apoio quanto a oposição ao LULA.

Muita coisa precisa ser revista, mas não é só no MST. A Reforma Agrária precisa de uma "reforma". O governo é muito lento em suas políticas para o setor e essa polarização entre proprietários de terra e necessitados de terra requer um fiel da balança, que em tese, deveria ser o governo, mas por que não a iniciativa privada também? O Brasil não é um país de todos? Os problemas também devem ser de todos!

Agora, culpar o MST pura e simplesmente é cômodo demais, principalmente se cada um aqui ja tiver seu pedacinho de chão...

Que A Cutrale e demais empresas que detem as concessões de terras façam mais que "gerar empregos"...será que o salário que pagam dá para comprar um "cercadim"?

Tudo quanto é empresa entrou na onda do marketing ecológico pra inglês ver, e quanto ao marketing social?

Tadinho dos 3 mil pés de laranja massacrados pelos tratores, que comove os "entendidos"do assunto...

E quanto ao exército de "laranjas" alistado pelos MST???

Laranja, se planta de novo, agora "laranja" dificilmente tem uma nova oportunidade ainda mais depois de uma ação coletiva desastrada...

Vida de gado não é fácil, que o diga Zé Ramalho.
Obs.: Este tema está em debate em minha comunidade no Orkut. Participe!

sábado, 3 de outubro de 2009

Os presidentes também choram




A cena do Presidente LULA chorando compulsivamente após o anúncio da vitória da candidatura do Rio de Janeiro para sediar as olimpíadas de 2016, é destas imagens que entrarão para a história. A imagem fala por si. É um choro que revela a sensibilidade do homem por trás do líder. A emoção aflorada e incontida foi o desfecho de meses de empenho pessoal e uma obstinação quase xiita em mostrar ao mundo que era a hora e a vez do Brasil.

O Presidente LULA é apaixonado pelo Brasil e isto se evidencia no seu jeito de ser tão tipicamente brasileiro e que destoa da sisudez das etiquetas protocolares.

LULA ganhou o mundo com um discurso convincente e que deu aos concorrentes, apesar da frustração inevitável, uma sensação de que as Olimpiádas 2016 ficaram em boas mãos.

LULA consegue ser nacionalista e ao mesmo tempo inclusivo, "Brasil, um país de todos" é o mote de seu governo e isso ficou claro no filme da campanha que não exaltou apenas o Rio, mas o Continente. As olímpíadas não vieram para o Rio e sim para a América do Sul.

Por tudo isso, LULA é evidentemente o presidente brasileiro mais querido do exterior de todos os tempos, pois demonstra em cada opotunidade que o poder não rompe necessariamente com a humanidade do político e, de quebra, ensinou ao mundo que:

Os presidentes choram quando se lembram que apesar do poder ainda são homens...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Brasil saiu mais forte do G-20


Realizada em Pittsburgh (a antiga cidade do aço nos Estados Unidos, hoje centro de alta tecnologia, educação e medicina avançada), a reunião de cúpula do G-20 conseguiu resultados importantes para o estabelecimento de novos patamares para a economia internacional. É inegável que o principal deles é o de apoiar as políticas de estímulo ao crescimento e ao emprego, capítulo em que o Brasil figurou como exemplo às demais nações.

Mas foi relevante também a consolidação da autoridade do G-20 e a derrocada do G-8. Por decisão negociada, o comunicado oficial da cúpula passa ao G-20 (formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Européia) o papel de principal fórum de discussão econômico mundial, antes ocupado pelo G-8 (formado pelos sete países mais industrializados além da Rússia).

A cúpula abriu caminho para a reforma das instituições financeiras internacionais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial (Bird), entre outras, por meio da reformulação do atual arranjo de forças nesses organismos internacionais.

Foi ampliado o direito de voto dos países emergentes nessas instituições. No caso do FMI, serão “pelo menos 5%” de repasse de cotas das nações desenvolvidas para os emergentes; no caso do Bird, a reforma prevê a transferência de 3% das cotas.

Além disso, foi retomada a agenda da reforma do sistema bancário e financeiro internacional com mais controle e regulação, papéis que não estarão mais nas mãos do FMI, mas que terão o G-20 como fórum condutor.

Os resultados do encontro desmentem todas as análises e previsões de nossos tucanos com seus ex-embaixadores e ex-ministros de relações exteriores à frente, que têm atuado como verdadeiros profetas do apocalipse ao invés de analistas da realidade econômica.

Se estivessem fazendo análise econômica, teriam que reconhecer o papel importante do governo do presidente Lula, que, com sua acertada política externa e medidas anticíclicas, fez do nosso país o último a ingressar na crise e o primeiro a sair dela.

Não à toa o Brasil exerceu papel de relevo no encontro do G-20, porque foi capaz de se antecipar no caminho correto na maior crise dos últimos cem anos, estimulando o consumo e o crescimento econômico, mas particularmente o emprego, uma das preocupações demonstradas na cúpula.

Ao final deste ano, teremos criado 1 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada. No ano que vem, teremos um crescimento previsto de 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto), quando o FMI prevê 3% para a média mundial em 2010.

A atuação brasileira na reunião do G-20 pode ser elogiada por sua posição correta —e vitoriosa— de se alinhar aos demais países emergentes e a algumas nações desenvolvidas para combater a proposta dos Estados Unidos e do Reino Unido para que as reformas das instituições econômico-financeiras após a bancarrota mundial fossem coordenadas pelo FMI.

Mas o verdadeiro destaque está no fortalecimento da economia brasileira com uma política que lançou as bases para a solidez diante de crises internacionais.

Dos participantes do encontro do G-20 veio admiração com os impressionantes números da economia brasileira, de crescimento e de capacidade de criação de empregos.

O principal motivo para esse desempenho é a opção política tomada pelo governo Lula de fortalecer os bancos públicos brasileiros e de colocá-los como artífices do crescimento, através da oferta de crédito justamente no momento de crise.

Uma economia sólida, em crescimento constante e estruturado, no qual o Estado estimula e promove políticas de distribuição de renda e de incentivo à criação de empregos. São por essas razões que saímos maiores da reunião do G-20. Essa é a real vitória do Brasil.



José Dirceu, 63 anos, é advogado e ex-ministro da Casa Civil

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Antinacionalismo, uma praga genuinamente nacional

Antinacionalismo, uma praga

genuinamente nacional


A imprensa brasileira vende e revende, sem parar, um costume nacional algo psicótico, a mania do brasileiro de ser antinacional. Em qualquer situação que não envolva dinheiro, devemos sempre pensar no interesse financeiro e comercial do empresariado antes de pensar em valores “ultrapassados” como a honra e a dignidade da nação.

Há alguns meses, minha filha que estuda na Austrália falou-me dessa praga que tanto constatei em minhas viagens pelo mundo. Ela acabara de iniciar um curso de inglês. No primeiro dia de aula, tendo colegas de todas as partes do mundo, disse ter sentido muita vergonha de seu país.

O professor instou os alunos das diversas nacionalidades a falarem sobre seus países. O francês, o italiano, o japonês ou o árabe, entre tantos numa classe de quase 40 pessoas, falaram maravilhas de suas pátrias. Os únicos que falaram mal do próprio país foram os colegas brasileiros de minha filha.

Fora o Brasil, conheço 15 países (ou mais, agora não estou certo) entre os das Américas, da África e da Europa. Em nenhum deles conheci um povo que faz tanta propaganda negativa de si mesmo como o nosso e que não tenha nem o mínimo do mínimo de patriotismo, palavra que, neste país, é considerada maldita.

Sempre quis saber de onde vinha isso, e agora, nesse episódio da crise em Honduras, começo a entender. O antinacionalismo histérico do brasileiro vem das classes sociais mais altas, que detêm meios de comunicação para venderem suas idiossincrasias de todos os tipos, sobretudo as mais exóticas como o nosso antinacionalismo renitente.

Temos uma elite ignorante como uma porta, neste país. Acha que está abafando ao usar palavras em inglês e em outros idiomas que considera “chique” afetar que conhece. Acha que contar ao mundo como nosso povo é inculto e cafona a torna parte de povos aos quais não pertence. Acha que depreciar o Brasil o tempo todo é prova de sei lá o quê.

Um país pequeno e paupérrimo como Honduras, que, por ação de uma elite que infesta a América Latina, também é atrasado e injusto, decide violar todas as normas do direito internacional e pisotear nosso território na forma de uma representação diplomática enquanto nossa imprensa se dedica a apoiar os ataques dessa potência ao inverso.

Um povo que não ama sua pátria é um povo sem pátria, e quando não se tem pátria não se tem valores, e quando um povo não tem valores só lhe restam a perversão, a corrupção moral, o egoísmo e a futilidade. E o pior é que esses contra-valores vêm das classes sociais que deveriam dar exemplos positivos, em vez de negativos.


Fonte: Eduardo Guimarães, direto de seu BLOG que recomendo: http://edu.guim.blog.uol.com.br

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Governabilidade e atraso político"

Tive a honra de ser aluno do professor Aldo Fornazieri por vários semestres na Escola de Sociologia e Política de São Paulo. De suas mãos recebi o diploma de formação em Sociologia e Política em 2006.

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"Governabilidade e atraso político", assinado pelo Diretor Acadêmico da FESPSP, Dr. Aldo Fornazieri. Confira o artigo na íntegra.
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Entre a intelectualidade e políticos tucanos e petistas, cada um a seu modo, circula a tese de que ambos os partidos – PSDB e PT – representam as forças modernizadoras do País, mas, quando no governo, precisam aliar-se ao atraso para garantir a governabilidade. As alianças, de fato, são necessárias. O que é altamente duvidoso é que o PSDB e o PT representem um diferencial reformador e modernizante e, nesse sentido, também moralizador – entendendose que transparência e moralidade pública constituem um aspecto importante da reforma modernizadora do Estado.O Brasil, com Fernando Henrique Cardoso e Lula, sem dúvida, andou para a frente. Mas por determinações que, em boa medida, independeram do PSDB e do PT. Em vários momentos específicos, PT e PSDB se posicionaram e votaram de forma a representar o atraso em matérias de economia, de políticas sociais e de reforma política e administrativa. Evidentemente, em outros momentos, votaram e defenderam proposições que representaram avanços modernizadores. Mas os outros partidos também adotaram a mesma conduta ambígua.Na questão da moralidade pública e do combate à corrupção, os dois partidos tiveram a mesma trajetória ambígua e equívoca dos demais. Do discurso moralizador do PT oposicionista sobraram apenas escombros. O PSDB não passa de uma pálida sombra da força moralizadora que rompeu como o PMDB e com o quercismo. PT e PSDB reduziram o discurso moralizador e o combate à corrupção a mero ativo eleitoral e, por isso, a discurso manipulador e de conveniência. Ambos os partidos são tão responsáveis pela crise do Senado quanto outros, ainda mais quando se considera que em 2010 se completam 16 anos de governos tucano e petista. A força que tiveram ou têm no Executivo definia e define o dever de liderar a reforma política e institucional. Preferiram, no entanto, acomodar-se no mesmo sistema de privilégios e de corrupção em que se
congraçam todos os partidos.A tese da aliança entre modernização e atraso para garantir a governabilidade parte de um pressuposto realista. O realismo político, de fato, é necessário para garantir eficácia, resultados e para fugir da impotência das postulações ingênuas. Mas o realismo, para não se tornar cínico, deve vir sempre acompanhado dos princípios da moral pública e da ética republicana de que o fim último da política é o bem público do povo e que isso implica o combate à corrupção, porque a corrupção degrada a República.Quanto o realismo se torna cínico, a política começa a provocar asco e nojo e favorece a disseminação do discurso antipolítico. O Brasil, com a crise do Senado e com um longo rosário de escândalos, parece ter chegado a esse ponto. Basta perceber que os “moralistas” do passado recente confraternizam com os “corruptos” de ontem e de hoje. A situação se complica ainda mais porque nem sempre a disseminação de asco, nojo e discurso antipolítico provoca desconforto nos políticos. Quanto este ambiente se instaura, a corrupção e o cinismo adquirem status de normalidade na vida política.O fato é que tanto o PT quanto o PSDB, tanto Lula quanto Arthur Virgílio entraram mal e continuam mal na crise do Senado. O PSDB e Arthur Virgílio apresentam um déficit de legitimidade moral. O PT também vem perdendo essa legitimidade, além de ser um partido sem norte e sem vértebras. O presidente Lula parece acreditar que a popularidade de que goza o torna isento de qualquer responsabilidade histórica e parece estar confundindo a fama do momento com a imorredoura glória que deve ser buscada pelos grandes estadistas e pelos grandes líderes. Somente essa confusão parece explicar o seu aval ao estado de coisas degradante do Senado.Ao que parece, o poder fez muito mal tanto ao PSDB quanto ao PT. A potência modernizadora de que estavam imbuídos se erodiu. O PSDB tornou-se uma cabeça sem corpo e um corpo sem cabeça. Não há sinergia entre os cardeais que dirigem o partido e a militância que quer ter um partido. O PT caminha a passos largos para se transformar num PMDB de esquerda, estadualizado, fragmentado, sem substância nacional e sem liderança capaz de produzir e de conduzir um projeto de país.Desta forma, tal como o governo FHC representou o apogeu da potência transformadora do PSDB, o governo Lula parece estar representando o apogeu da potência transformadora do PT. Um ou outro (PT ou PSDB) poderá ainda governar o Brasil no próximo período, mas numa trajetória de declínio, não só do partido que vencer as eleições, mas de fraqueza do próprio presidente que se elegerá. Para que esse vaticínio não se concretize seria necessário não só refundar os dois partidos, mas também reformatar as lideranças que estão aí, tornado-as aptas a reagrupar as formas reformadoras, modernizantes e moralizadoras em torno do futuro governo.Como essa perspectiva parece ser bastante duvidosa, vários segmentos sociais e políticos buscam uma alternativa capaz de fazer uma crítica ao PT e ao PSDB. Essa alternativa, neste momento, certamente não será encarnada por nenhum partido, mas poderá sê-lo por uma personalidade. É por isso que a perspectiva da candidatura de Marina Silva provoca entusiasmo em vários setores.Mas para que essa alternativa se concretize serão necessários movimentos de difícil execução: fugir ao exótico capacidade de agrupar as forças reformadoras dispersas em diversos partidos, apresentar um programa que compatibilize o desenvolvimento com um novo paradigma tecnológico e com as demandas sociais e ambientais e capacidade de dialogar e atrair diversos grupos sociais. Se essa alternativa se concretizar, ela fará bem não só à política brasileira, mas também ao PT e ao PSDB, pois estes serão provocados a frear seus apetites e refundar seus projetos.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O "macro da coisa"...ao invés de picuinhas...


Independente de qualquer coisa...

precisamos enxergar os fatos...De quinze anos para cá...o Brasil melhorou e muito. Deu saltos qualitativos significativos. É evidente que a estabilização da moeda que começou com Itamar Franco, tendo FHC como ministro da fazenda foi o pontapé inicial. FHC contribuiu muito mais com o nome do que com as ações. A onda de privatizações, pelo sim, pelo não, teve o "crédito" de fazer o mundo olhar para o Brasil, evidente que por interesses econômicos. FHC tinha nome e curriculum. Por estar no início da estabilização, o Brasil sucumbiu às crises da época, Rússia, México, tigres asiáticos. A politicagem sempre esteve e estará presente. FHC manteve o câmbio artificialmente para esconder o tamanho da encrenca com vistas à reeleição. Não o condeno (politicamente falando). LULA, no seu lugar, não faria diferente. O poder é atraente e quem por ele se atrai não se desvencilha jamais. Os que não pecam que atirem a primeira pedra.O dado concreto, entretanto, é que contra todos os prognósticos, LULA manteve a base da política econômica e até a aprofundou. Frente aos novos tempos, frenesis ideológicos precisavam ceder espaço a racionalidade. No início de seu governo, LULA foi muito incomprendido pelos setores mais à esquerda ainda entorpecidos ideologicamente. O mérito de seu governo consiste justamente em conciliar um sistema econômico neoliberal, quer gostemos ou não, com políticas públicas que vão de encontro às necessidades dos mais pobres via distribuição de renda, ao mesmo tempo que por meio do PAC investe na infraestrutura do país, com consequente criação de empregos. Dado o tamanho do desafio, considerando que somos um país recém liberto da ditadura, os avanços são incontestáveis ao medir-se pela régua do tempo.Precisamos agora tomar cuidado para não deixar que as "picuinhas" embassem nossas vistas diante das conquistas.Arranjos partidários, escândalos aqui e ali, aparentes incoerâncias e contradições compõem a cesta básica do jogo político que é, caso alguém ainda não saiba, um jogo de interesses.

Minha pergunta é: Para que mexer no time que está ganhando? LULA percebeu que a estratégia do jogo implementada por FHC era condizente com o momento histórico do mundo e não mexeu na estrutura , mas a humanizou tornando-a mais social. Incluiu de fato os que estavam timidamente assistidos via programas assistenciais e os elevou a uma categoria de prioridade. O resultado disso é que houve movimentação nas classes sociais, algo de que não se tinha notícia a muito tempo. Para calar uma oposição medíocre que dizia serem medidas paliativas que nada resolveria, LULA sempre deixou claro que eram medidas emergernciais até que as bases para o desenvolvimento fossem dadas.Pois bem, com as reservas acumuladas (hoje estão em 202 bilhões de dólares) o aquecimento do consumo interno, o PIB em ascenção, superávit fiscal (remédio amargo), recorde de exportações, ou seja, dada as condições, eis que surge o PAC Programa de Aceleração do Crescimento, motor do segundo mandato. Minha intenção em explanar tudo isso é para mostrar que ao invés de ficarmos nos detendo em detalhes, temos que ver o "macro da coisa". O fato é, que apesar dos políticos e suas politicagens, o país está avançando.Seja quem for o próximo governo, há que se exigir um compromisso com a manutenção dos avanços obtidos e que ampliá-los muito mais, pois a despeito dos avanços obtidos estamos muito distantes do nosso real potencial como povo e nação.Insisto que em time que está ganhando não se mexe. Por isso defendo Dilma para presidente por estar absolutamente comprometida com as conquistas até aqui obtidas, pelo valor simbólico de sua candidatura que conta muito na hora do apoio popular já que presidente sem apoio não governa, seja homem ou mulher.O vice, que seja do resultado de uma composição de partidos aliados. Precisamos aprender a conviver com isso, a correr os riscos que um país candidato a potência tem que correr.Deixemos, portanto, as picuinhas em nome das conquistas, mas sempre de olho neles, se é que me entendem.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Crise institucional no Brasil?


Debate em andamento na comunidade - Brasil, País do presente - BPP
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=3735000&tid=5337279546241238570&na=4

País à beira de uma comoção institucional??

Publicado em 15/05/2009wikiMirna Cavalcanti de Albuquerque. RJ-RJ.A situação é por demais grave para que eu deixasse de transmitir aos leitores a matéria abaixo. Quem fala não necessita de apresentações. Leiam, por favor, e inteirem-se sobre o assunto que diz respeito a todos os brasileiros..

País está à beira de uma comoção institucional, afirma Bonavides.Fortaleza (CE), 15/05/2009 - Considerado um dos maiores juristas do País, o professor Paulo Bonavides afirmou em palestra de abertura do 3° Congresso Latino-Americano de Estudos Constitucionais, em Fortaleza, que o Brasil está à beira de um colapso institucional motivado por uma grave crise de legitimidade que atinge os Três Poderes. “O Brasil se acha bem perto de uma comoção institucional, que levará o povo às ruas, em protesto. Só a cegueira governante das elites políticas, que atraiçoam o povo e a nação, não tem sensibilidade de perceber que estamos com os pés à beira do abismo”, avaliou. A avaliação do jurista, cujos estudos na área de constitucionalismo ganharam destaques nacional e internacional, foi feita durante a palestra “Qual a ideologia da Constituição?”..Na visão do constitucionalista Paulo Bonavides, prêmio Ruy Barbosa da OAB Nacional, apesar da estabilidade de governo conquistada pelo País com a promulgação da Constituição de 1988, a conduta corrupta que é verificada nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário leva o País ao risco de desordem institucional, em que o povo buscaria nas ruas retomar os direitos democráticos previstos na Constituição. Neste aspecto, o jurista é otimista: “A corrupção dos altos poderes não terá força para revogar os direitos e as regras sociais consagradas na Constituição”, afirmou..Na palestra seguinte, o presidente da OAB Nacional, Cezar Britto, afirmou que a defesa dos princípios democráticos constitucionais é um dos objetivos fundamentais da existência do Poder Judiciário.

Fuuma:
Sabem o que não entendo nisto tudo??É as palavras do responsável p/ OAB!!karakas??se muitas coisas que acontecem de errado no Judiciário, sempre tem bons e ótimos advogados p/defenderem causas,que achamos injustas, então como pode ele aceitar tla proposta???Ps- Não seria melhor o Exercito,voltar ao Poder???

Marcello:
Oda, meu véi...
discordo do jurista...Ele fala como se algo novo estivesse acontecendo. Vi exageros em sua palestra. O Brasil nunca esteve livre da corrupção. Já temos debatido que ela é cultural e de certa forma "aceita" pelo ente invisível que chamamos de sociedade, que também é corrupta na base do "jeitinho". Em minha análise nada tendenciosa, diga-se de passagem, o problema todo é o LULA e explico porque:LULA "deu certo" demais!...observe as aspas. Não são de puxa saco, mas, sociologicamente falando. A "doutrina" LULA, emprestando o termo norte americano, ao priorizar os programas assistenciais, mantendo uma política econômica de responsabilidade e investindo pesadamente em infraestrutura por meio do PAC, aliada a uma figura carismática que o coloca como o segundo líder mais popular do mundo atrás apenas de Barack Obama, e a visiblidade mundial conseguida pelo Brasil nos últimos anos, simplesmente ofuscou os, já nada brilhantes,legislativo e judiciário, ou seja, enquanto o executivo nada de braçadas nos assuntos relevantes para o país, do congresso só vem nóticias de corrupção. Os caras se reúnem duas vezes por semanas para debater pautas absolutamente irrelevantes, o que deixa o executivo a vontade para emitir a s MP´s. O judiciário é aquilo que nós vimos pela TV. Brigas internas, um presidente "candidato a presidente,me acredite, dizem que o GM pretende se candidatar".Em suma, não há crise institucional alguma e muito menos comoção...o que há é um desespero dos poderes em que o executivo atual se perpetue no poder a partir de uma "revolução" que começou com o primeiro mandato de LULA. Além do mais, o brasileiro, se sair àsruas em algum momento só se for para apoiar o executivo, como quando reagiu aquela baboseira do "cansei".Dilma está aí, como uma assombração para os que anseiam pelo retorno do Brasil à era pré LULA. Portanto, Oda, se há uma crise, ela está no legislativo e no judiciário, que vivem encastelados, envoltos em corrupção,apenas tramando o próximo golpe que darão no povo, pobre povo.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A zona do euro e o Brasil da zona


Há brasileiros, como diria o irreverente e controvertido "filósofo" Lobão , que adoram "gozar com o pau dos outros". Para estes, o Brasil é e sempre será o "país da zona". Por aqui nada é sério, tudo é uma tremenda bagunça (zona), do executivo ao legislativo, culminando no judiciário. A europa não, a europa é o símbolo maior da civilidade, seriedade e descência. Lá, ainda torturam touros em arenas sob os aplausos insandecidos do grande público e a isso chamam de cultura ou tradição. Lá, a cada final da copa da UEFA ou do campeonato europeu de futebol vemos pelo noticiário cenas lastimáveis de depredação e violência patrocinados pelos que perdem duas vezes, o campeonato e o bom senso. Lá, ainda se perseguem imigrantes por causa da "concorrência do emprego". Lá, sempre foi um "modelo de economia e estabilidade", uma verdadeira "escola" para os países do terceiro mundo.
Hoje, no entanto, a internet noticia que a zona do euro está em recessão com seus países centrais tendo substancial queda do PIB. Trata-se de um aprofundamente da crise global que começou com a especulação imobiliária nos Estados Unidos. Enquanto isso, no "país da zona" a economia continua seguindo bem, dando fortes sinais de recuperação numa clara demonstração de que o longo processo de estabilização está consolidado. Lula está a caminho da Arábia Saudita para fazer negócios enquanto a europa contabiliza seus prejuízos.

É evidente que tenho noção da superficialidade desta análise, mas ela aponta para uma realidade:

O dado concreto é que o Brasil não é o "país da zona", como apregoam os pessimistas e descontentes sempre de plantão, verdadeiros inimigos da pátria, embasados em episódios domésticos isolados, mas um país que em meio às suas sabidas contradições, tem amadurecido institucionalmente e conseguido avanços significativos no que diz respeito à sua representatividade global. Tido como o centro gravitacional por onde orbita não só os países latino americanos, mas todos os países do chamado G20, o Brasil tem tudo, para nesta primeira metade do século 21 despontar como uma das grandes potências do planeta.
O país do carnaval e do futebol talvez nunca deixemos de ser, mas seremos bem mais que isso, com certeza.