Findo o pleito municipal e confirmaram-se as pesquisas de opinião. Agora todos já sabem, o prefeito é o Kassab. O desconhecido vice de Serra salta da obscuridade para o executivo da maior metrópole brasileira. Análises daqui e de lá começam a ser feitas para explicar esta metamorfose política. Na verdade não há ciência alguma. Uma confluência de fatores parecem compor este esperado resultado adiantado desde o 1º turno. O bombardeio de propagandas vinculadas em todas as mídias, somadas a super exposição no horário eleitoral, resultado das alianças partidárias, uma boa assessoria de marketing com substancial apoio da máquina pública, uma adversária com alto índice de rejeição e o apoio incondicional de um cabo eleitoral do naipe de Serra reelegeram o atual prefeito.
Do outro lado, Marta perdeu para si mesma. Colecionadora de frases infelizes e uma altivez que contrasta com sua preferência pelos pobres explica boa parte de seu índice de rejeição. Repetindo o erro dos tucanos no pleito presidencial, quando Alckimin foi derrotado, a equipe de marketing de Marta foi um verdadeiro fiasco. Deixou de utilizar trunfos como a inexperiência de Kassab diante da complexidade da cidade, bem com de sua vice Alda Marco Antonio, uma ilustre desconhecida. Deu um tiro no pé ao fazer insinuações quanto a vida privada do prefeito. Errou ao colar excessivamente a imagem do prefeito a Pitta, quando tinha telhado de vidro, particularmente no caso dos companheiros mensaleiros, o que foi habilmente explorado pela campanha rival. O marketing de Marta errou no time, nos dingles e no "peso da mão" ao bater em Kassab, enfim, errou em tudo e deu no que deu.
Agora, o dado concreto:
Não há como dissociar o prefeito de suas origens. Kassab ganhou por força de uma propaganda competente, pois seu governo foi agraciado com os mesmos bons ventos que sopraram sobre todas as cidades que reelegeram seus prefeitos, de sorte que suas realizações com 10 bilhões a mais disponíveis, não foram nenhum feito notável.
O problema de Kassab não está em sua vida privada ou em sua inexperiência política, mas em seu partido, o DEM.
A sigla vem sofrendo profundas reformulações desde o processo de redemocratização do país. O PFL (Partido da Frente Liberal) foi criado em 1985 como dissidência do PDS (Partido Democrático Social), que por sua vez era sucessor da Arena (Aliança Renovadora Nacional) - partido que deu sustentação à ditadura militar.
O DEM foi varrido de praticamente todo território nacional, mas a conservadora São Paulo, garantiu-lhe uma sobrevida que enterrou as chances de ver este partido soterrado em sua crise de identidade. Um partido que representa o que há de pior na direita brasileira com figuras como José Agripino e o clã dos Magalhães na Bahia, só para ficar em dois exemplos.
É triste ver minha querida São Paulo nas mãos desse partido, pois Kassab, e isso seu marketing soube traduzir muito bem, nada mais é que um boneco simpático a serviço do conservadorismo retrógrado.
Agora, São Paulo já sabe.
Do outro lado, Marta perdeu para si mesma. Colecionadora de frases infelizes e uma altivez que contrasta com sua preferência pelos pobres explica boa parte de seu índice de rejeição. Repetindo o erro dos tucanos no pleito presidencial, quando Alckimin foi derrotado, a equipe de marketing de Marta foi um verdadeiro fiasco. Deixou de utilizar trunfos como a inexperiência de Kassab diante da complexidade da cidade, bem com de sua vice Alda Marco Antonio, uma ilustre desconhecida. Deu um tiro no pé ao fazer insinuações quanto a vida privada do prefeito. Errou ao colar excessivamente a imagem do prefeito a Pitta, quando tinha telhado de vidro, particularmente no caso dos companheiros mensaleiros, o que foi habilmente explorado pela campanha rival. O marketing de Marta errou no time, nos dingles e no "peso da mão" ao bater em Kassab, enfim, errou em tudo e deu no que deu.
Agora, o dado concreto:
Não há como dissociar o prefeito de suas origens. Kassab ganhou por força de uma propaganda competente, pois seu governo foi agraciado com os mesmos bons ventos que sopraram sobre todas as cidades que reelegeram seus prefeitos, de sorte que suas realizações com 10 bilhões a mais disponíveis, não foram nenhum feito notável.
O problema de Kassab não está em sua vida privada ou em sua inexperiência política, mas em seu partido, o DEM.
A sigla vem sofrendo profundas reformulações desde o processo de redemocratização do país. O PFL (Partido da Frente Liberal) foi criado em 1985 como dissidência do PDS (Partido Democrático Social), que por sua vez era sucessor da Arena (Aliança Renovadora Nacional) - partido que deu sustentação à ditadura militar.
O DEM foi varrido de praticamente todo território nacional, mas a conservadora São Paulo, garantiu-lhe uma sobrevida que enterrou as chances de ver este partido soterrado em sua crise de identidade. Um partido que representa o que há de pior na direita brasileira com figuras como José Agripino e o clã dos Magalhães na Bahia, só para ficar em dois exemplos.
É triste ver minha querida São Paulo nas mãos desse partido, pois Kassab, e isso seu marketing soube traduzir muito bem, nada mais é que um boneco simpático a serviço do conservadorismo retrógrado.
Agora, São Paulo já sabe.