sábado, 24 de setembro de 2011

VEJA cada vez mais CEGA


TEXTO PÚBLICO EM RESPOSTA AO COLUNISTA AUGUSTO NUNES, DA VEJA, QUE ME AFRONTA DE FORMA VERGONHOSA, DISTORCENDO INFORMAÇÕES E FATOS COMO BOM SERVO QUE É DA MÍDIA GOLPISTA QUE O EMPREGA.

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/o-unico-manifestante-que-atendeu-a-convocacao-culpa-a-midia-golpista-pelo-fiasco-do-protesto-contra-a-midia-golpista/



Que a mídia no Brasil é um oligopólio concentrado nas mãos de algumas famílias das classes dominantes eu já sabia.

Que a mídia mente, falseia , inventa e reproduz ideologias burguesas, eu também sabia. Mas o que não imaginava mesmo é que, eu, um simples blogueiro e professor de escola pública, me converteria em assunto na falta deste, a um colunista da revista VEJA. Avisado por uma amiga acessei um link que me jogou no blog do Augusto Nunes. A manchete de imediato chamou me  a atenção, porém, na medida em que avançava na leitura, fui surpreendido ao me ver noticiado como sujeito principal do texto. Fui qualificado pelo "jornalista" como orador representante dos "20 gatos pingados, que nem estudante é, e que, se não mentiu, é professor". O que se segue é uma série de reproduções de minhas falas com objetivo claro de me achincalhar e me associar a uma persona non grata desta publicação, o "cumpanheiro". O grande equívoco desse colunista, no entanto, foi reproduzir da forma mais imbecil possível a ideologia da revista que o emprega. Fiel ao estilo do patrão, veicula informações desconexas num texto de gosto duvidoso, que faz a alegria de leitores incautos, desprovidos de senso crítico e manipulados, conforme se vê nos comentários deixados em seu blog.

Agora vamos ao dado concreto

Eu fui atraído ao vão do MASP naquela tarde de sábado, 17 de Setembro, por meio de uma publicidade no Facebook. Meu objetivo era gravar o evento para usá-lo como ferramenta didática em apoio às minhas aulas, pois o assunto no bimestre, coincidentemente era a mídia. Essa prática inclusive, de utilização das novas tecnologias, consta nos parâmetros curriculares do ensino médio da Secretaria da Educação. Assim, me dirigi ao local com esse único intuito. Ao me situar, por meio dos "meia dúzia de gatos pingados que lá estavam", segundo o colunista, dos objetivos do movimento, me simpatizei de pronto com a causa e passei a narrar aos meus alunos em forma de vídeo aula. Ou seja, eu não tinha nada a ver com o movimento. Fui cumprir meu papel de professor de sociologia e encontrei voluntários segurando faixas que simplesmente  se identificaram com a causa que os arregimentou. Não tinha nada a ver com milicianos da CUT ou do PT como o colunista induz a pensar em seu texto tendencioso e desprovido de qualquer ética jornalística, como é comum a essa publicação.  O que me causa ainda mais repulsa é a maneira deselegante, irônica e desrespeitosa com que este colunista dirige se aos poucos que ousam solidarizar se comigo nos comentários perdidos em meio aos aplausos da insensatez.

Não obstante a tudo isso, tenho mais é que agradecer ao Augusto Nunes por ter dado tanta visibilidade ao meu vídeo. Na tentativa de desmoralizar um movimento legítimo,  O MSM - Movimento dos sem Mídia, ele alçou este movimento ao reconhecimento dos que lhe ignoravam, por absoluta falta da informação que a a mídia deveria prover.Quanto a este simples professor que vos escreve, tal episódio só serviu para mostrar-me que estou no caminho certo ao politizar meus alunos e preveni-los contra essa mídia golpista.

Aos quase 2500 membros da Juventude Politizada do Brasil, comunidade do Orkut,  formada por alunos da rede pública de ensino, meu grande abraço e a certeza de que vocês estão reescrevendo a estória da educação nesse país. Ao "jornalista", meu agradecimento e à VEJA, meu desprezo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Movimento dos Sem Mídia - Ato Público no MASP


Tive a grata satisfação de participar  nesse sábado, 17/09 de uma manifestação convocado pelo MSM (Movimento dos Sem Mídia) no vão livre do MASP em São Paulo. O objetivo era alertar a opinião pública para a necessidade da democratização da mídia brasileira. Temos acompanhado a queda de braços entre alguns setores ligados ao PT que falam em democratização e setores mais conservadores ligados ao PSDB que falam em censura. O dado concreto é que o debate está posto e bem poucas pessoas ainda, são capazes de formular uma opinião sobre o assunto. Seja como for, é importante a ação deste movimento que procura esclarecer a opinião publica sobre o oligopólio que reúne os veículos de comunicação no Brasil. Isso, por si só, já constitui uma imoralidade. Este blog já tomou partido nessa questão. Neste vídeo, faço uso do microfone democrático do MSM para denunciar a política de desmanche da educação pública promovida pelos governos tucanos em São Paulo e Minas Gerais.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

PTMDB - O "novo" grande partido nacional

Como se sabe, dia desses o PT (Partido dos Trabalhadores) realizou seu congresso nacional em Brasília. Como de costume, lá se reuniram as diversas facções do partido (redundância à parte) numa grande festa democrática. A voz das "minorias", no entanto, insatisfeitas com o noivado com a antes combatida sigla, se fez ouvir e de forma incômoda, pra não dizer constrangedora. Uma das correntes, chamada de "Mensagem ao Partido" chegou a pregar a ruptura com o PMDB em nome das eleições que se avizinham. Uma demonstração cabal de ingratidão para com o partido que foi determinante para a eleição de Dilma. Na verdade, coisas da política. Nestas horas o que prevalece são as conhecidas e hábeis tiradas diplomáticas dos políticos profissionais e de longa carreira, como a de Michel Temer, um dos mais surrados no congresso: "Essas manifestações mais radicais são facilmente superadas pela forte relação que os dois partidos consolidaram ao longo da aliança". Isso resume tudo. Na prática não existe mais dois partidos, só na teoria, para manter as aparências e a "credibilidade" das siglas. O governo Dilma não subsistiria sem essa relação carnal com o PMDB, assim como o de LULA. O desafio para os caciques de ambos os partidos é conter os ânimos das correntes mais à esquerda que ainda se pautam pela ideologia. O dado concreto é que ideologia em política virou uma espécie de artigo de museu, algo bonito de se ver, de se admirar e de nos remeter à história, porém, coisa do passado. O PT teve que "descobrir" isso para chegar ao poder e se manter por lá. Duas letrinhas na sigla (PT) não conseguiria representar na prática um partido no exercício do poder. Daí a metamorfose e o acréscimo de mais três letrinhas (MDB) O (P) já era comum aos dois, como é comum também o jogo de interesses. Surge então o PTMDB, um verdadeiro "Leviatã", só para lembrar de Hobbes. Um gigantesco monstro que se nutre do fisiologismo, das conveniências e claro, da diplomacia que os mantem unidos no interesse comum. Está claro e nítido, só resta às correntes minoritárias de ambos os partidos perceberem que o casamento já foi sacramentado, só que eles não foram convidados para a festa "democrática".