quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Laranjas da CUTRALE e "laranjas" do MST


O dado "concreto" é o seguinte...

O MST náo é flor que se cheire e qualquer um aqui com 0,1 de QI sabe disso...

Deixemos as paixões ideológicas de lado e analisemos os fatos.

O MST está corrompido atualmente, tem políticos por trás, perdeu a virgindade, portanto, não é mais donzela.

A atitude do MST no episódio aqui descrito tem tanto apoio quanto a oposição ao LULA.

Muita coisa precisa ser revista, mas não é só no MST. A Reforma Agrária precisa de uma "reforma". O governo é muito lento em suas políticas para o setor e essa polarização entre proprietários de terra e necessitados de terra requer um fiel da balança, que em tese, deveria ser o governo, mas por que não a iniciativa privada também? O Brasil não é um país de todos? Os problemas também devem ser de todos!

Agora, culpar o MST pura e simplesmente é cômodo demais, principalmente se cada um aqui ja tiver seu pedacinho de chão...

Que A Cutrale e demais empresas que detem as concessões de terras façam mais que "gerar empregos"...será que o salário que pagam dá para comprar um "cercadim"?

Tudo quanto é empresa entrou na onda do marketing ecológico pra inglês ver, e quanto ao marketing social?

Tadinho dos 3 mil pés de laranja massacrados pelos tratores, que comove os "entendidos"do assunto...

E quanto ao exército de "laranjas" alistado pelos MST???

Laranja, se planta de novo, agora "laranja" dificilmente tem uma nova oportunidade ainda mais depois de uma ação coletiva desastrada...

Vida de gado não é fácil, que o diga Zé Ramalho.
Obs.: Este tema está em debate em minha comunidade no Orkut. Participe!

sábado, 3 de outubro de 2009

Os presidentes também choram




A cena do Presidente LULA chorando compulsivamente após o anúncio da vitória da candidatura do Rio de Janeiro para sediar as olimpíadas de 2016, é destas imagens que entrarão para a história. A imagem fala por si. É um choro que revela a sensibilidade do homem por trás do líder. A emoção aflorada e incontida foi o desfecho de meses de empenho pessoal e uma obstinação quase xiita em mostrar ao mundo que era a hora e a vez do Brasil.

O Presidente LULA é apaixonado pelo Brasil e isto se evidencia no seu jeito de ser tão tipicamente brasileiro e que destoa da sisudez das etiquetas protocolares.

LULA ganhou o mundo com um discurso convincente e que deu aos concorrentes, apesar da frustração inevitável, uma sensação de que as Olimpiádas 2016 ficaram em boas mãos.

LULA consegue ser nacionalista e ao mesmo tempo inclusivo, "Brasil, um país de todos" é o mote de seu governo e isso ficou claro no filme da campanha que não exaltou apenas o Rio, mas o Continente. As olímpíadas não vieram para o Rio e sim para a América do Sul.

Por tudo isso, LULA é evidentemente o presidente brasileiro mais querido do exterior de todos os tempos, pois demonstra em cada opotunidade que o poder não rompe necessariamente com a humanidade do político e, de quebra, ensinou ao mundo que:

Os presidentes choram quando se lembram que apesar do poder ainda são homens...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Brasil saiu mais forte do G-20


Realizada em Pittsburgh (a antiga cidade do aço nos Estados Unidos, hoje centro de alta tecnologia, educação e medicina avançada), a reunião de cúpula do G-20 conseguiu resultados importantes para o estabelecimento de novos patamares para a economia internacional. É inegável que o principal deles é o de apoiar as políticas de estímulo ao crescimento e ao emprego, capítulo em que o Brasil figurou como exemplo às demais nações.

Mas foi relevante também a consolidação da autoridade do G-20 e a derrocada do G-8. Por decisão negociada, o comunicado oficial da cúpula passa ao G-20 (formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Européia) o papel de principal fórum de discussão econômico mundial, antes ocupado pelo G-8 (formado pelos sete países mais industrializados além da Rússia).

A cúpula abriu caminho para a reforma das instituições financeiras internacionais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial (Bird), entre outras, por meio da reformulação do atual arranjo de forças nesses organismos internacionais.

Foi ampliado o direito de voto dos países emergentes nessas instituições. No caso do FMI, serão “pelo menos 5%” de repasse de cotas das nações desenvolvidas para os emergentes; no caso do Bird, a reforma prevê a transferência de 3% das cotas.

Além disso, foi retomada a agenda da reforma do sistema bancário e financeiro internacional com mais controle e regulação, papéis que não estarão mais nas mãos do FMI, mas que terão o G-20 como fórum condutor.

Os resultados do encontro desmentem todas as análises e previsões de nossos tucanos com seus ex-embaixadores e ex-ministros de relações exteriores à frente, que têm atuado como verdadeiros profetas do apocalipse ao invés de analistas da realidade econômica.

Se estivessem fazendo análise econômica, teriam que reconhecer o papel importante do governo do presidente Lula, que, com sua acertada política externa e medidas anticíclicas, fez do nosso país o último a ingressar na crise e o primeiro a sair dela.

Não à toa o Brasil exerceu papel de relevo no encontro do G-20, porque foi capaz de se antecipar no caminho correto na maior crise dos últimos cem anos, estimulando o consumo e o crescimento econômico, mas particularmente o emprego, uma das preocupações demonstradas na cúpula.

Ao final deste ano, teremos criado 1 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada. No ano que vem, teremos um crescimento previsto de 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto), quando o FMI prevê 3% para a média mundial em 2010.

A atuação brasileira na reunião do G-20 pode ser elogiada por sua posição correta —e vitoriosa— de se alinhar aos demais países emergentes e a algumas nações desenvolvidas para combater a proposta dos Estados Unidos e do Reino Unido para que as reformas das instituições econômico-financeiras após a bancarrota mundial fossem coordenadas pelo FMI.

Mas o verdadeiro destaque está no fortalecimento da economia brasileira com uma política que lançou as bases para a solidez diante de crises internacionais.

Dos participantes do encontro do G-20 veio admiração com os impressionantes números da economia brasileira, de crescimento e de capacidade de criação de empregos.

O principal motivo para esse desempenho é a opção política tomada pelo governo Lula de fortalecer os bancos públicos brasileiros e de colocá-los como artífices do crescimento, através da oferta de crédito justamente no momento de crise.

Uma economia sólida, em crescimento constante e estruturado, no qual o Estado estimula e promove políticas de distribuição de renda e de incentivo à criação de empregos. São por essas razões que saímos maiores da reunião do G-20. Essa é a real vitória do Brasil.



José Dirceu, 63 anos, é advogado e ex-ministro da Casa Civil