quarta-feira, 20 de maio de 2009

O "macro da coisa"...ao invés de picuinhas...


Independente de qualquer coisa...

precisamos enxergar os fatos...De quinze anos para cá...o Brasil melhorou e muito. Deu saltos qualitativos significativos. É evidente que a estabilização da moeda que começou com Itamar Franco, tendo FHC como ministro da fazenda foi o pontapé inicial. FHC contribuiu muito mais com o nome do que com as ações. A onda de privatizações, pelo sim, pelo não, teve o "crédito" de fazer o mundo olhar para o Brasil, evidente que por interesses econômicos. FHC tinha nome e curriculum. Por estar no início da estabilização, o Brasil sucumbiu às crises da época, Rússia, México, tigres asiáticos. A politicagem sempre esteve e estará presente. FHC manteve o câmbio artificialmente para esconder o tamanho da encrenca com vistas à reeleição. Não o condeno (politicamente falando). LULA, no seu lugar, não faria diferente. O poder é atraente e quem por ele se atrai não se desvencilha jamais. Os que não pecam que atirem a primeira pedra.O dado concreto, entretanto, é que contra todos os prognósticos, LULA manteve a base da política econômica e até a aprofundou. Frente aos novos tempos, frenesis ideológicos precisavam ceder espaço a racionalidade. No início de seu governo, LULA foi muito incomprendido pelos setores mais à esquerda ainda entorpecidos ideologicamente. O mérito de seu governo consiste justamente em conciliar um sistema econômico neoliberal, quer gostemos ou não, com políticas públicas que vão de encontro às necessidades dos mais pobres via distribuição de renda, ao mesmo tempo que por meio do PAC investe na infraestrutura do país, com consequente criação de empregos. Dado o tamanho do desafio, considerando que somos um país recém liberto da ditadura, os avanços são incontestáveis ao medir-se pela régua do tempo.Precisamos agora tomar cuidado para não deixar que as "picuinhas" embassem nossas vistas diante das conquistas.Arranjos partidários, escândalos aqui e ali, aparentes incoerâncias e contradições compõem a cesta básica do jogo político que é, caso alguém ainda não saiba, um jogo de interesses.

Minha pergunta é: Para que mexer no time que está ganhando? LULA percebeu que a estratégia do jogo implementada por FHC era condizente com o momento histórico do mundo e não mexeu na estrutura , mas a humanizou tornando-a mais social. Incluiu de fato os que estavam timidamente assistidos via programas assistenciais e os elevou a uma categoria de prioridade. O resultado disso é que houve movimentação nas classes sociais, algo de que não se tinha notícia a muito tempo. Para calar uma oposição medíocre que dizia serem medidas paliativas que nada resolveria, LULA sempre deixou claro que eram medidas emergernciais até que as bases para o desenvolvimento fossem dadas.Pois bem, com as reservas acumuladas (hoje estão em 202 bilhões de dólares) o aquecimento do consumo interno, o PIB em ascenção, superávit fiscal (remédio amargo), recorde de exportações, ou seja, dada as condições, eis que surge o PAC Programa de Aceleração do Crescimento, motor do segundo mandato. Minha intenção em explanar tudo isso é para mostrar que ao invés de ficarmos nos detendo em detalhes, temos que ver o "macro da coisa". O fato é, que apesar dos políticos e suas politicagens, o país está avançando.Seja quem for o próximo governo, há que se exigir um compromisso com a manutenção dos avanços obtidos e que ampliá-los muito mais, pois a despeito dos avanços obtidos estamos muito distantes do nosso real potencial como povo e nação.Insisto que em time que está ganhando não se mexe. Por isso defendo Dilma para presidente por estar absolutamente comprometida com as conquistas até aqui obtidas, pelo valor simbólico de sua candidatura que conta muito na hora do apoio popular já que presidente sem apoio não governa, seja homem ou mulher.O vice, que seja do resultado de uma composição de partidos aliados. Precisamos aprender a conviver com isso, a correr os riscos que um país candidato a potência tem que correr.Deixemos, portanto, as picuinhas em nome das conquistas, mas sempre de olho neles, se é que me entendem.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Crise institucional no Brasil?


Debate em andamento na comunidade - Brasil, País do presente - BPP
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=3735000&tid=5337279546241238570&na=4

País à beira de uma comoção institucional??

Publicado em 15/05/2009wikiMirna Cavalcanti de Albuquerque. RJ-RJ.A situação é por demais grave para que eu deixasse de transmitir aos leitores a matéria abaixo. Quem fala não necessita de apresentações. Leiam, por favor, e inteirem-se sobre o assunto que diz respeito a todos os brasileiros..

País está à beira de uma comoção institucional, afirma Bonavides.Fortaleza (CE), 15/05/2009 - Considerado um dos maiores juristas do País, o professor Paulo Bonavides afirmou em palestra de abertura do 3° Congresso Latino-Americano de Estudos Constitucionais, em Fortaleza, que o Brasil está à beira de um colapso institucional motivado por uma grave crise de legitimidade que atinge os Três Poderes. “O Brasil se acha bem perto de uma comoção institucional, que levará o povo às ruas, em protesto. Só a cegueira governante das elites políticas, que atraiçoam o povo e a nação, não tem sensibilidade de perceber que estamos com os pés à beira do abismo”, avaliou. A avaliação do jurista, cujos estudos na área de constitucionalismo ganharam destaques nacional e internacional, foi feita durante a palestra “Qual a ideologia da Constituição?”..Na visão do constitucionalista Paulo Bonavides, prêmio Ruy Barbosa da OAB Nacional, apesar da estabilidade de governo conquistada pelo País com a promulgação da Constituição de 1988, a conduta corrupta que é verificada nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário leva o País ao risco de desordem institucional, em que o povo buscaria nas ruas retomar os direitos democráticos previstos na Constituição. Neste aspecto, o jurista é otimista: “A corrupção dos altos poderes não terá força para revogar os direitos e as regras sociais consagradas na Constituição”, afirmou..Na palestra seguinte, o presidente da OAB Nacional, Cezar Britto, afirmou que a defesa dos princípios democráticos constitucionais é um dos objetivos fundamentais da existência do Poder Judiciário.

Fuuma:
Sabem o que não entendo nisto tudo??É as palavras do responsável p/ OAB!!karakas??se muitas coisas que acontecem de errado no Judiciário, sempre tem bons e ótimos advogados p/defenderem causas,que achamos injustas, então como pode ele aceitar tla proposta???Ps- Não seria melhor o Exercito,voltar ao Poder???

Marcello:
Oda, meu véi...
discordo do jurista...Ele fala como se algo novo estivesse acontecendo. Vi exageros em sua palestra. O Brasil nunca esteve livre da corrupção. Já temos debatido que ela é cultural e de certa forma "aceita" pelo ente invisível que chamamos de sociedade, que também é corrupta na base do "jeitinho". Em minha análise nada tendenciosa, diga-se de passagem, o problema todo é o LULA e explico porque:LULA "deu certo" demais!...observe as aspas. Não são de puxa saco, mas, sociologicamente falando. A "doutrina" LULA, emprestando o termo norte americano, ao priorizar os programas assistenciais, mantendo uma política econômica de responsabilidade e investindo pesadamente em infraestrutura por meio do PAC, aliada a uma figura carismática que o coloca como o segundo líder mais popular do mundo atrás apenas de Barack Obama, e a visiblidade mundial conseguida pelo Brasil nos últimos anos, simplesmente ofuscou os, já nada brilhantes,legislativo e judiciário, ou seja, enquanto o executivo nada de braçadas nos assuntos relevantes para o país, do congresso só vem nóticias de corrupção. Os caras se reúnem duas vezes por semanas para debater pautas absolutamente irrelevantes, o que deixa o executivo a vontade para emitir a s MP´s. O judiciário é aquilo que nós vimos pela TV. Brigas internas, um presidente "candidato a presidente,me acredite, dizem que o GM pretende se candidatar".Em suma, não há crise institucional alguma e muito menos comoção...o que há é um desespero dos poderes em que o executivo atual se perpetue no poder a partir de uma "revolução" que começou com o primeiro mandato de LULA. Além do mais, o brasileiro, se sair àsruas em algum momento só se for para apoiar o executivo, como quando reagiu aquela baboseira do "cansei".Dilma está aí, como uma assombração para os que anseiam pelo retorno do Brasil à era pré LULA. Portanto, Oda, se há uma crise, ela está no legislativo e no judiciário, que vivem encastelados, envoltos em corrupção,apenas tramando o próximo golpe que darão no povo, pobre povo.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A zona do euro e o Brasil da zona


Há brasileiros, como diria o irreverente e controvertido "filósofo" Lobão , que adoram "gozar com o pau dos outros". Para estes, o Brasil é e sempre será o "país da zona". Por aqui nada é sério, tudo é uma tremenda bagunça (zona), do executivo ao legislativo, culminando no judiciário. A europa não, a europa é o símbolo maior da civilidade, seriedade e descência. Lá, ainda torturam touros em arenas sob os aplausos insandecidos do grande público e a isso chamam de cultura ou tradição. Lá, a cada final da copa da UEFA ou do campeonato europeu de futebol vemos pelo noticiário cenas lastimáveis de depredação e violência patrocinados pelos que perdem duas vezes, o campeonato e o bom senso. Lá, ainda se perseguem imigrantes por causa da "concorrência do emprego". Lá, sempre foi um "modelo de economia e estabilidade", uma verdadeira "escola" para os países do terceiro mundo.
Hoje, no entanto, a internet noticia que a zona do euro está em recessão com seus países centrais tendo substancial queda do PIB. Trata-se de um aprofundamente da crise global que começou com a especulação imobiliária nos Estados Unidos. Enquanto isso, no "país da zona" a economia continua seguindo bem, dando fortes sinais de recuperação numa clara demonstração de que o longo processo de estabilização está consolidado. Lula está a caminho da Arábia Saudita para fazer negócios enquanto a europa contabiliza seus prejuízos.

É evidente que tenho noção da superficialidade desta análise, mas ela aponta para uma realidade:

O dado concreto é que o Brasil não é o "país da zona", como apregoam os pessimistas e descontentes sempre de plantão, verdadeiros inimigos da pátria, embasados em episódios domésticos isolados, mas um país que em meio às suas sabidas contradições, tem amadurecido institucionalmente e conseguido avanços significativos no que diz respeito à sua representatividade global. Tido como o centro gravitacional por onde orbita não só os países latino americanos, mas todos os países do chamado G20, o Brasil tem tudo, para nesta primeira metade do século 21 despontar como uma das grandes potências do planeta.
O país do carnaval e do futebol talvez nunca deixemos de ser, mas seremos bem mais que isso, com certeza.