sexta-feira, 15 de maio de 2009

A zona do euro e o Brasil da zona


Há brasileiros, como diria o irreverente e controvertido "filósofo" Lobão , que adoram "gozar com o pau dos outros". Para estes, o Brasil é e sempre será o "país da zona". Por aqui nada é sério, tudo é uma tremenda bagunça (zona), do executivo ao legislativo, culminando no judiciário. A europa não, a europa é o símbolo maior da civilidade, seriedade e descência. Lá, ainda torturam touros em arenas sob os aplausos insandecidos do grande público e a isso chamam de cultura ou tradição. Lá, a cada final da copa da UEFA ou do campeonato europeu de futebol vemos pelo noticiário cenas lastimáveis de depredação e violência patrocinados pelos que perdem duas vezes, o campeonato e o bom senso. Lá, ainda se perseguem imigrantes por causa da "concorrência do emprego". Lá, sempre foi um "modelo de economia e estabilidade", uma verdadeira "escola" para os países do terceiro mundo.
Hoje, no entanto, a internet noticia que a zona do euro está em recessão com seus países centrais tendo substancial queda do PIB. Trata-se de um aprofundamente da crise global que começou com a especulação imobiliária nos Estados Unidos. Enquanto isso, no "país da zona" a economia continua seguindo bem, dando fortes sinais de recuperação numa clara demonstração de que o longo processo de estabilização está consolidado. Lula está a caminho da Arábia Saudita para fazer negócios enquanto a europa contabiliza seus prejuízos.

É evidente que tenho noção da superficialidade desta análise, mas ela aponta para uma realidade:

O dado concreto é que o Brasil não é o "país da zona", como apregoam os pessimistas e descontentes sempre de plantão, verdadeiros inimigos da pátria, embasados em episódios domésticos isolados, mas um país que em meio às suas sabidas contradições, tem amadurecido institucionalmente e conseguido avanços significativos no que diz respeito à sua representatividade global. Tido como o centro gravitacional por onde orbita não só os países latino americanos, mas todos os países do chamado G20, o Brasil tem tudo, para nesta primeira metade do século 21 despontar como uma das grandes potências do planeta.
O país do carnaval e do futebol talvez nunca deixemos de ser, mas seremos bem mais que isso, com certeza.


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