TEXTO PÚBLICO EM RESPOSTA AO COLUNISTA AUGUSTO NUNES, DA VEJA, QUE ME AFRONTA DE FORMA VERGONHOSA, DISTORCENDO INFORMAÇÕES E FATOS COMO BOM SERVO QUE É DA MÍDIA GOLPISTA QUE O EMPREGA.
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/o-unico-manifestante-que-atendeu-a-convocacao-culpa-a-midia-golpista-pelo-fiasco-do-protesto-contra-a-midia-golpista/
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/o-unico-manifestante-que-atendeu-a-convocacao-culpa-a-midia-golpista-pelo-fiasco-do-protesto-contra-a-midia-golpista/
Que a mídia no Brasil é um oligopólio concentrado nas mãos
de algumas famílias das classes dominantes eu já sabia.
Que a mídia mente, falseia , inventa e
reproduz ideologias burguesas, eu também sabia. Mas o que não imaginava mesmo é
que, eu, um simples blogueiro e professor de escola pública, me converteria em
assunto na falta deste, a um colunista da revista VEJA. Avisado por uma amiga acessei um link que me jogou no blog do Augusto Nunes. A manchete de
imediato chamou me a atenção, porém, na medida em que
avançava na leitura, fui surpreendido ao me ver noticiado como sujeito
principal do texto. Fui qualificado pelo "jornalista" como orador
representante dos "20 gatos pingados, que nem estudante é, e que, se não mentiu,
é professor". O que se segue é uma série de reproduções de minhas falas com
objetivo claro de me achincalhar e me associar a uma persona non grata desta publicação, o "cumpanheiro". O grande equívoco desse colunista, no
entanto, foi reproduzir da forma mais imbecil possível a ideologia da revista
que o emprega. Fiel ao estilo do patrão, veicula informações desconexas num
texto de gosto duvidoso, que faz a alegria de leitores incautos, desprovidos de
senso crítico e manipulados, conforme se vê nos comentários deixados em seu
blog.
Agora vamos ao dado concreto
Eu fui atraído ao vão do MASP naquela tarde de sábado, 17 de
Setembro, por meio de uma publicidade no Facebook. Meu objetivo era gravar o
evento para usá-lo como ferramenta didática em apoio às minhas aulas, pois o
assunto no bimestre, coincidentemente era a mídia. Essa prática inclusive, de
utilização das novas tecnologias, consta nos parâmetros curriculares do ensino
médio da Secretaria da Educação. Assim, me dirigi ao local com esse único
intuito. Ao me situar, por meio dos "meia dúzia de gatos pingados que lá
estavam", segundo o colunista, dos objetivos do movimento, me simpatizei
de pronto com a causa e passei a narrar aos meus alunos em forma de vídeo aula.
Ou seja, eu não tinha nada a ver com o movimento. Fui cumprir meu papel de
professor de sociologia e encontrei voluntários segurando faixas que
simplesmente se identificaram com a causa que os
arregimentou. Não tinha nada a ver com milicianos da CUT ou do PT como o colunista
induz a pensar em seu texto tendencioso e desprovido de qualquer
ética jornalística, como é comum a essa publicação. O que me
causa ainda mais repulsa é a maneira deselegante, irônica e desrespeitosa com
que este colunista dirige se aos poucos que ousam solidarizar se comigo nos
comentários perdidos em meio aos aplausos da insensatez.
Não obstante a tudo isso, tenho mais é que agradecer ao
Augusto Nunes por ter dado tanta visibilidade ao meu vídeo. Na tentativa de
desmoralizar um movimento legítimo, O MSM - Movimento dos sem Mídia, ele alçou este movimento ao reconhecimento
dos que lhe ignoravam, por absoluta falta da informação que a a mídia deveria
prover.Quanto a este simples professor que vos escreve, tal episódio só serviu
para mostrar-me que estou no caminho certo ao politizar meus alunos e
preveni-los contra essa mídia golpista.
Aos quase 2500 membros da Juventude Politizada do
Brasil, comunidade do Orkut, formada por alunos da rede
pública de ensino, meu grande abraço e a certeza de que vocês estão
reescrevendo a estória da educação nesse país. Ao "jornalista", meu
agradecimento e à VEJA, meu desprezo.