terça-feira, 19 de outubro de 2010

Capitalismo x Cidadania


“Sou consciente de que meu patrimônio é fruto da desigualdade social e aí vejo uma responsabilidade. O capital é uma ferramenta, quase sempre usada para gerar mais capital. Eu estou tentando entender como usar ele para criar cidadania ”.

(Marcos, um jovem milionário de 26 anos em crise existencial com o capitalismo)

Fotógrafos em situação de rua em São Paulo expõem arte para a elite
Breno Castro Alves
Especial para o UOL Notícias
Em São Paulo

Famosa por suas lojas caríssimas e público abastado, a rua Oscar Freire acaba de inaugurar um espaço para expor contradição social. O espaço da loja Op Art recebeu nesta segunda-feira (18) a primeira exposição do projeto Trecho 2.8, apresentando 50 fotografias de arte de dez cidadãos em situação de rua, moradores do centro de São Paulo. As imagens ficarão por ali até o próximo dia 23 de outubro, em exposição preparatória para o leilão que acontecerá dois dias depois disso na ainda mais pomposa Villa Daslu. Ambas terão portas abertas e entrada franca.

As 50 fotos foram produzidas ao longo dos últimos cinco meses. Foram utilizadas câmeras semiprofissionais digitais.

Primeira iniciativa do Instituto Brasis, o Trecho 2.8 propõe construir deslocamentos sociais. O grupo inicia conta com dez pessoas em situação de rua que demonstraram o interesse de aguçar o olhar para buscar o novo em uma realidade saturada. Os coordenadores entrevistaram cerca de 20 possíveis candidatos, sem revelar que os participantes ganhariam também uma bolsa de meio salário mínimo. Buscavam formar um grupo pequeno, reunindo pessoas com genuíno interesse por desenvolver subjetividade e arte.

Selecionaram 11 -apenas uma participante desistiu. Os encontros do Trecho reúnem fotógrafos, os dois coordenadores do projeto e dois diretores do Brasis. O número reduzido permitiu um aprofundamento da experiência individual em um grupo onde, nos últimos cinco meses, se discutiu e exercitou fotografia. Os fotógrafos lidaram com seu extremo oposto na pirâmide social. Os dez participantes foram os convidados de honra da abertura da exposição ontem à noite e estarão também na abertura do evento na Villa Daslu.

O Brasis foi criado pelo empresário Marcos Amaro, instigado a promover ações para diminuir a desigualdade social e expor contradições dentro da elite. O jovem de 26 anos tem a consciência de quão necessário é questionar e apontar as contradições das elites. Assim, o Brasis propõe pensar um trabalho de educação e formação não apenas para as populações mais pobres. Todos precisam de educação social e responsabilidades, principalmente os mais ricos.

O milionário está nu
Estudar filosofia abriu caminhos e a cabeça de Marcos. Começou aos 23. Até ali, o jovem havia se dedicado exclusivamente a multiplicar uma herança milionária. Hoje, tem 26 anos, participação em várias empresas e algumas dezenas de milhões de reais. Fundou o instituto para lidar com contradições instigadas por estudar pensadores como Platão, Kant e Freud com seu professor, Donizete Soares. Hoje, se apropria de Marx para pensar uma visão de mundo: “Sou consciente de que meu patrimônio é fruto da desigualdade social e aí vejo uma responsabilidade. O capital é uma ferramenta, quase sempre usada para gerar mais capital. Eu estou tentando entender como usar ele para criar cidadania ”.

Marcos tem fala pausada e dicção perfeita, age com cordialidade sincera. Há três anos reuniu amigos inquietos – e milionários – para formar um grupo de estudos. Buscando novas visões para entender seu lugar no mundo, foram atrás de filósofos e de si mesmos. As contradições do grupo afloraram e há um ano surgiu o Brasis, instituto que propõe uma troca de visões entre os extremos da pirâmide social. Villa Daslu não é exatamente o cenário da vida de um sem teto.

Assim, buscam brechas de conscientização. Propõem à elite o financiamento de um instituto em aberto que, por princípio, busca contato. O Brasis tem 35 mantenedores que contribuem mensalmente com dinheiro não deduzível de imposto. Talvez alguns deles estejam expiando suas consciências, mas Marcos não está. “Não carrego culpa, não é um pecado ter dinheiro, sinto mais como responsabilidade. Não é alívio de consciência, é projeto de vida. Devo passar 70% do meu tempo trabalhando para o Brasis. Nessas pessoas encontrei as coordenadas de onde me posicionar no mundo”, conclui.

Instituto Brasis: estudos e ações
O Trecho 2.8 é realizado em parceria com o Instituto GENS, responsável pela formulação e execução do projeto. “Entendemos nosso trabalho junto ao Brasis como a possibilidade de colaborar para que um grupo de jovens empresários repensem seu papel social”, avalia Grácia Lopes Lima, fundadora do GENS, junto a Edson Fragoaz, uma das coordenadoras do Trecho 2.8.

A professora - “educadora não, porque educar é responsabilidade de todo adulto” - está satisfeita com o modelo de co-gestão que o grupo vem construindo. Não existe imposição de um modelo ou caminho, não é um projeto social formatado como a solução para pobres coitados. As discussões estratégicas são coletivas, todos os participantes, de coordenadores a fotógrafos, têm voz sobre como lidar com aquela construção. O grupo, que se reunia duas vezes por semana para discutir fotografia, decidiu também se encontrar a cada 15 dias para estruturar coletivamente a próxima ação do Brasis.

Diz Grácia: “Estamos formando um grupo para pensar ações coletivamente, para sair do movimento de promover projetos em benefício daqueles que não têm. Estes rapazes estão interessados também em entender o contexto social que, se por um lado gerou seu patrimônio, por outro privou multidões dele. Por isso o subtítulo do instituto me agrada: estudos e ações. O mais desafiador é manter a coerência”.

Artistas em situação de rua
Tião Nicomedes é negro de barba grossa, corpo largo e cabeça boa. Sentado no chão de pedra do vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, relembra seus tempos de albergue: “Rapaz, aquilo lá é muito aborrecimento, se for ligar para tudo o cara paralisa. Tinha época em que eu quase não trocava de roupa, não tinha motivação pra pensar esses detalhes”. Viveu quatro anos na rede de assistência e se pudesse teria saído no primeiro mês.

Ali, porém, encontrou a arte. Começou a escrever para criar outro mundo onde viver, um mundo onde as coisas são certas e o sujeito não precisa ficar ouvindo besteira de assistente social. “Pegar o barro ou a caneta e fazer algo bacana, o cara se sente útil, repensa sua vida, não é?”. Assim, quando surgiu a proposta de trabalhar fotografia com o Trecho 2.8, agarrou a possibilidade de aprender nova linguagem.

“O Trecho é um dos poucos projetos onde não nos tratam como idiotas carentes”, avalia. “Ali todo mundo opina, todo mundo decide junto. Tanto que nem chama oficina, é um projeto de criação e pesquisa. Trazer um negócio pronto e implantar sem nem perguntar se as pessoas querem aquilo tem de monte, meu irmão, você precisa ver quantos diplomas o camarada junta em um ano de albergue. Eu tenho mais de trinta: “tá aqui, Tião, pega seu papel e leva esse abraço”. Pra quê?”.

Sem caridade, trabalho
Tião e os outros nove participantes do projeto – que infelizmente não puderam ser ouvidos pela reportagem – prestarão serviços de fotografia à Caititi, empresa com fins lucrativos que está sendo criada pelo Brasis para gerar renda. Diferente de uma empresa comercial, não vai aumentar o capital de um dono. Descontadas todas as despesas, o lucro ficará entre os participantes. Oferecerão serviços de fotografia artística e comercial e já fecharam seu primeiro contrato com uma empresa de moda. A decisão de criar a Caititi e suas características vem sendo definidas uma a uma por todos os participantes do projeto, milionários e miseráveis, com a mesma voz.

Não há benevolência no processo. Não há a necessidade de realizar caridade, todos estão ali por interesse individual. É trabalho e todos ganham com o processo. Marcos entende o potencial de explorar um nicho novo de oportunidade e começa a desencadear um movimento de responsabilidade baseado em envolvimento individual.

Mas a mudança profunda vem com os participantes. Todos se beneficiam da possibilidade de se reinventarem criativos, de se construírem autônomos. Treinar o olhar sobre a outra ponta da pirâmide social pode ensinar sobre seu lugar no mundo.

Fonte:http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/10/19/fotografos-em-situacao-de-rua-em-sao-paulo-expoem-arte-para-a-elite.jhtm

40 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Bastante louvável a intenção do jovem milionário de criar um programa em que pudesse interar, tanto trabalho como lucros para quem o faz.Os moradores de rua que participam do programa se sentem bem por ter o reconhecimento do trabalho feito.Não apenas um programa de ajuda social,mas sim uma reconstrução da auto-estima e CIDADANIA das pessoas;o programa me pareceu uma ótima ferramenta,pois muitos que moram nas ruas não querem apenas ajuda ,mas sim serem reconhecidos e interados na sociedade novamente.
Até mesmo sendo criada uma empresa,onde os lucros serão divididos para todos que participam do programa.Como um bom conhecedor da filosofia o responsável pelo instituto reconhece sua responsabilidade social e humanitária de ajudar o próximo,não dando esmolas,mas sim um futuro e esperança de melhora a quem participa do instituto.

Jackson correia gomes
Nº14 3ºA manhã
mademoiselle perillier

PriiH disse...

Muito interessante essa iniciativa de recolher pessoas desabrigadas que estão "excluídas" da sociedade para voltar a interagir nela.Essas pessoas precisam se sentir prestativas,e esse programa além de abrir as portas para que essas pessoas sejam reconhecidas,ajudam de uma forma financeira,mas na verdade o que eles procuram é o reconhecimento,a alegria de estar sendo util,e tentando acabar de uma vez com essa desigualdade que predomina.A iniciativa do instituto foi um grande passo para amenizar a desigualdade,e trazer alegria e vontade de continuar a viver dessas pessoas que lutam por um espaço na sociedade e por um futuro melhor.

Priscila da Costa Lins de Medeiros
Nº:21 3ºA - Manhã
Escola:Mademoiselle Perillier

Unknown disse...

EE. Prof José Vieira de Moraes
Gabriela Lourenço nº 20 - 2º O

Achei a iniciativa excelente, para mim a fotografia proporciona a quem a observa uma sensação de realmente estar presenciando tal momento capiturado.
O jovem fotográfo, por certo fez um grande trabalho ao integrar uma classe na outra. Talvez todas essas pessoas da classe A que passarem por essa exposição possam refletir um pouco melhor sobre a situação em que vivemos, podem pensar melhor sobre o quão grande é a desigualdade social.
Outro ponto muito interessante, é que ''Marcos'', o autor da exposição, entregou as câmeras nas mãos dos próprios moradores de rua, dessa forma todos nós temos uma visão ampla, que só alguém que vive nas ruas poderia ter. Dessa forma, as pessoas que passassem por lá e vissem as fotos se conscientizassem de alguma maneira.
Mas o mundo é capitalista, apesar de pessoas quererem ajudar, doar dinheiro a instituições, fazer trabalho voluntário, ou de alguma maneira mobilizar pessoas, ainda sim existirá a desigaldade, ainda sim existirão pessoas morando em casas de luxo e outras lutando contra a própria fome.
E então eu paro e penso, falar da desigualdade e que o capitalismo é ruim com um carro de ultima geração na garagem e diversas mansões espalhadas pelo país, não deve ser dificil.
Concluo por fim, que o capitalismo só gera capital e não cidadania.

Fernanda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernanda disse...

Eu achei a idéia de montar um instituto muito interresante,pois eles estão integrando pessoas que não possui absolutamente nada em meio a sociedade.
Além de ajudar estas pessoas a uma vida normal eles buscam fazer a parte deles para acabar com a desigualdade social.
Com o implantação deste instituto a ajuda na redução da desigualdade é também a ampliação da visão de todos nos faz refletir e ver que gestos simples da sociedade faz com este tipo de coisa se acabe,e que estas pessoas consiguam um espaço e que também tenha uma vida melhor .

E.E Mademoiselle Perillier
Fernanda Aparecida dos Santos
n°13 /3°A

Elvis Trovijo disse...

Pra mim esse jovem milionário está tendo um surto de capitalismo ao ver que o mundo não é “perfeito”, e que muitos seres humanos vivem em uma situação precária, (percebeu que o cachorro dele come, e vive mil vezes melhor que centenas de “cidadãos” brasileiros.)
É uma boa iniciativa do jovem milionário (Marcos Amaro). Agora pergunto: esse projeto Brasis e muitos outros que vem a existir realmente vão melhorar a vida de todos os cidadãos considerados a baixo da linha da pobreza? Os poucos milionários que vem a ter surtos de capitalismo realmente estão certos?
Acho que se o governo do estado realmente fizesse a parte deles talvez isso não fosse necessário, a grande culpa dessa grande diferença social, não é dos “pobres” milionários e sim do governo que por fim não sabe fazer uma boa democratização. Educação de qualidade para todos seria o primordial, para que essa grande diferença de classe social pudesse começar a mudar futuramente.
A melhor maneira de integrar esses pobres moradores de rua a sociedade não seria dando câmeras fotográficas nas mãos deles. Se você quer ver como eles enxergar o mundo ou de como eles vivem basta dar um passeio pela Avenida Paulista.
Acho que a grande maneira de integrá-los seria preparando eles, dando apoio e abrigo e aprendizagem para que um dia eles possam ocupar alguma vaga no mercado de trabalho e voltar a viver com suas “próprias pernas”.

EE. Prof José Vieira de Moraes
Elvis C. Trovijo nº16 série: 2ºO

Unknown disse...

O Capitalismo é um sistema econômico caracterizado pela propriedade privada dos meios de produção e pela existência de mercados livres. Na historiografia ocidental, a ascensão do capitalismo é comumente associada ao ocaso do feudalismo, ocorrido na Europa no final da Idade Média. Outras condições comumente associadas ao capitalismo são: a presença de agentes que investem em troca de um lucro futuro; o respeito a leis e contratos; a existência de financiamento, moeda e juro; a ocupação de trabalhadores segundo um mercado de trabalho. As sociedades modernas possuem, em geral, economias mistas, adotando conceitos análogos aos capitalistas, com restrições

Cidadania

O conceito de cidadania sempre esteve fortemente atrelado à noção de direitos, especialmente os direitos políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a cargo público (indireto) No entanto, dentro de uma democracia, a própria definição de Direito, pressupõe a contrapartida de deveres, uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade.



Escola Estadual Alberto Salotti

NOME:Magda Alcantara N°:18
SÉRIE:2°D

Unknown disse...

Bem bacana a iniciativa do jovem milionário MARCOS em criar um espaço(BRASIS) em que os menos favorecidos possam buscar uma realidade melhor para eles,e assim fazendo com que essa desigualdade social existente em nosso dia-a-dia diminua.Esse jovem mostrou que ele não é apenas mais um milionário, e quis mostrar para alguns "dos seus"que quando se tem algo quando bem administrado podemos fazer algo de bom ao próximo...E com essas atitudes tomadas pelo jovem milionário ele está conseguindo se achar diante de pessoas que ele mesmo procura ajudar e que acabaram o ajudando também.

E.E.MADEMOISELLE PERILLIER
BEATRIZ RIBEIRO DA SILVA
2ºB NOTURNO Nº09

Unknown disse...

Achei muito bacana a intenção do jovem milionário de criar um instituto que de alguma forma possa ajudar os moradores de rua e que de alguma forma esse instituto possa fazê-los se sentirem parte de algo,e assim eles poderão ganhar além de uma renda uma reconhecimento do seu trabalho do seu esforço.Esse projeto foi criado para que os menos favorecidos na sociedade pudessem ter uma reconhecimento mas foi através desse projeto que o jovem milionário se achou vamos dizer assim perante a sociedade.e viu que quando se ajuda o próximo ele também poderá ser ajudaDo e assim podemos viver em uma sociedade melhor.
E.EMADEMOISELLE PERILLIER
JOSE RICARDO DA SILVA ASCENÇÃO
2°B N°22 NOTURNO

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

AAAAAh esse jovem foi muito feliz em criar esse projeto que abrange duas boas maneiras de usalo, tanto trabalho como lucros para quem o faz.
Na primeira vez acho que um morador de rua fica feliz por ter um trabalho e ser reconhecido, e ser um trabalho onesto. Não é apenas um projeto que ajuda o social, mas sim uma reconstrução da auto-estima e cidadania das pessoas. A Maquina parecceu muito ultima por que eles não buscavam apenas a foto sim ser reconhecidos de novo na sociedade.
E até mesmo sendo criada uma empresa,onde os lucros serão divididos para todos que participam do programa. Como um bom conhecedor da filosofia o responsável pelo instituto reconhece sua responsabilidade social e humanitária de ajudar o próximo,não dando esmolas,mas sim um futuro e esperança de melhora a quem participa do instituto.

Nome: Luiz Henrique da Silva
Nº22 2ºE SALA05
MANHA
PROFº Paulo

Camila gabi disse...

Achei uma ótima iniciativa desse jovem milionário,apesar dele ter muito dinheiro, ele não pença só em si ,ele dedica 70% de seu tempo para ajudar os menos favorecidos .Foi uma boa idéia fazer que os moradores de rua possam fazer parte de um começo de uma nova sociedade sem preconceito.
E.E.Mademoiselle perrilier Camila Grabriela 2°b noturno n°13

Camila gabi disse...

Esse jovem teve uma ótima iniciativa de cria um programa para ajudar os moradores de rua.Ele não é igual a algumas pessoas que só pençam em si mesmo,ele tem algo diferente foi uma boa forma de fazer que os menos favorecidos se sentirem úteis perante a sociedade.

E.E. Mademoiselle Perrillier n°37 Stefania maria da silva noturno 2°b

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

LETÍCIA CAROLINE MOREIRA | N°: 24 | 2° A | E.E "PROF° ALBERTO SALOTTI"

Confesso que não estou surpresa pela atitude desse jovem milionário, sabendo que os, supostamente, reais interessados não estão tão interessados assim, ou pelo menos, não fazem muito para mudar o cenário de desigualdade social que se encontram, neste caso, não estou me referindo diretamente aos mendigos, e sim da classe baixa em geral. O que eu não entendo, é que ninguém precisa ver essa exposição e depois sair frustrado, pois é uma realidade que nos deparamos no nosso cotidiano. As pessoas vêem ficam indignadas, revoltadas, por assim dizer, discursam meia dúzia de palavras e morre nisso, nunca passa disso. É por isso que sou pessimista quanto o resultado dessa manifestação, por melhor que seja ninguém depois de vê-la se mobiliza ativamente. Só para constar, me incluo nesse grupo de pessoas.

Unknown disse...

Eu acho o minimo que essas pessoas que tem tanto dinheiro pode fezer por pessoas que não tem recursos nenhum mas temos que cair na real e ver que estamos vivendo nessa enorme desigualdade de classes

jonatas lima
escola:jose vieira de morais
n:16 serie:2 r

Suelen 2000 disse...

Bastante louvável a intenção do jovem milionário de criar um programa em que pudesse interar, tanto trabalho como lucros para quem o faz.Os moradores de rua que participam do programa se sentem bem por ter o reconhecimento do trabalho feito.Não apenas um programa de ajuda social,mas sim uma reconstrução da auto-estima e CIDADANIA das pessoas;o programa me pareceu uma ótima ferramenta,pois muitos que moram nas ruas não querem apenas ajuda ,mas sim serem reconhecidos e interados na sociedade novamente.
Até mesmo sendo criada uma empresa,onde os lucros serão divididos para todos que participam do programa.Como um bom conhecedor da filosofia o responsável pelo instituto reconhece sua responsabilidade social e humanitária de ajudar o próximo,não dando esmolas,mas sim um futuro e esperança de melhora a quem participa do instituto.

suelen nº38 serie 2ºB noite
Mademoiselle Perillier

Unknown disse...

Rafa ♪
A idéia de montar um instituto a partir de moradores de rua foi uma ação bem interessante.Tendo em vista que uma grande parte atual das populações que habitam as grandes cidades conta com número significativo de pessoas em situação de rua , ea iniciativa dele em fazer o projeto trecho 2.8 para monstra esse lado das ruas as pessoas que digamos não se importao muito com essas pessoas , espondo as fotos de uma maneira que monstre o outro lado para eles , fazendo com que eles mudem sua maneira de pensar .
Outra coisa legal é que os moradoeres de rua que tirarao as fotos ganharam dinheiro por elas . alem do que a possibilidade de o trabalho fotográfico dessas pessoas servir como documento da realidade urbana, a partir do seu próprio ponto de vista .

EE. Prof José Vieira de Moraes
Rafael dos Santos Bernardo nº 37 - 2ºO

Unknown disse...

Esse progama criado pelo milionário foi uma ótima iniciativa de melhoria para o nosso país , pois ao meu ver o milionário quer mostrar ao mundo que todos nós somos iguais independente da nossa classe social, e todo esse projeto trará a nossa sociedade um novo olhar sobre a vida por que seu principal foco nesse trabalho é mostra que essas pessoas menos favorecidas também tem seu valor pois possuem talentos extraordinários e uma inteligência imcomparável, no entanto elas só não tiveram a mesma sorte na vida, mas esse projeto abrirá várias portas a elas com grandes oportunidades de melhoria.
Esse projeto trouxe um grande reconhecimento aos moradores de rua, pois eles puderam se sentir utéis perante a sociedade e isso é uma ótima ação para esses desabrigados.

E.E. MADEMOISELLE PERILLIER
JOSIELE PERES DOS SANTOS
Nº23 2ºB NOTURNO

Unknown disse...

O que está em questão, no entanto, não é a qualidade dos trabalhos, mas a estratégia do "choque" provocado ao levar para a elite realidades tão contrastantes através da arte. Há tempos ouvimos sobre a "perversidade de nossa elite". Alguns pensadores reformistas defendem uma modificação cultural e humanista nas classes dominantes como condição para que haja o bem estar social - ou, nas palavras de Marcos "o capital é uma ferramenta quase sempre usada para gerar mais capital. Eu estou tentando entender como usar ele para criar cidadania”. Mas para mim, o argumento de diminuir o hiato entre as classes é inconsistente. Porque simplesmente não há um hiato, hiato algum, entre o consumidor da alta moda e o morador de rua ou traficante da favela. Há, sim, uma relação de interdependêcia e de dominação. Porque, em última instância, todos nós queremos aquele tênis, aquele vestido, aquele sanduíche - seja qual for a classe. A "arte social", neste caso, posta à contemplação nas paredes ou limpando nome de marcas, não basta. É preciso algo maior que isso e menor que um assalto. Se quer tocar e modificar de verdade a elite, a arte à ela levada deve conter o tom de denúncia, mostrar sua responsabilidade como topo da pirâmide. Isso porque dizer aos templos do consumo qual seu papel nesse circo de horrores ultrapassa os limites da vinculação da marca às questões sociais, pega mal. Aí que está: Por mais que seja tudo bem intencionado, há um hiato, aí sim, entre o que transforma de verdade uma atitude e o que apenas serve como desencargo de consciência ou valorização da marca.


Natalia Gomes Lima
E.E.Prof. Jose Vieira de Moraes
Nº38 2ºQ

Anônimo disse...

Ele fez com que os milionários que estivessem de passagem na Rua Oscar Freire pararem a partir de um choque, para reparar em coisas que em geral são ignoradas por eles.
Querendo ou não o artista, Marcos, é um filho do capitalismo. E ele conseguiu mostrar, que mesmo assim,devemos parar, olhar, resolver. Não de imediato, é claro. Mas o mundo é feito de idéias que deram certo. E é disso que temos precisado.
As pessoas esquecem que boa parte dos moradores de rua já foram como muitos de nós somos. Casa, comida, novela no fim de tarde. Mas tiveram o que construíram em vários anos tomado em até mesmo 1 dia.
O que mais me impressionou, foi que não foi caridade ao todo. Foi trabalho, oportunidade.
Tanto Marcos, quanto os 10 moradores de rua que foram verdadeiros artistas, merecem mais do que serem parabenizados.
Merecem soluções.

{ E.E. Prof. José Vieira de Moraes
Bruna Espejo Sobral. 2º ano N
Número: 10 }

Unknown disse...

Não apenas um programa que ajuda,mas sim uma reconstrução da auto-estima e a cidadania das pessoas;o programa me pareceu uma ótima ferramenta,por que muitas pessoas que moram na rua não querem apenas ajuda mas sim serem reconhecidas e interadas na sociedade novamente.
Como um bom conhecedor da filosofia o responsável pelo instituto reconhece sua possibilidade social e humanitária de ajudar o próximo não dando esmolas mas sim um futuro e esperanças de melhora a quem participa do instituto.

E.E.MADEMOISELLE PERILLIER
BRUNO DE SOUZA REIS
N°11 2°B NOTURNO

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Muito interessante essa iniciativa, onde se mostra a desigualdade social e as contradições na sociedade, mostrar que o correto não é fazer caridade e sim inserir novamente essas pessoas na sociedade, reconhecendo seu trabalho, não adianta doar dinheiro a instituições, pois assim a desigualdade sempre existirá,ações como esta mostram um caminho promissor para os que buscam um lugar na sociedade.

Leticia Fogar Almeida Santos
n°27 2°B Noturno
Mademoiselle Perillier

Wesley Santana disse...

De fato esse jovem, está fazendo algo pela sociedade, mas será que de forma justa?! Pensamos juntos ele já é milionario não seria mais facil para ajudar a população, ele pegar o seu monte de dinheiro e dividir entre a sociedade local, talvez ali todos sairiam muito melhor qualificados na desigualdade social, isso que ele fez não é errado querer ajudar a sociedade, achei o gesto dele bastante interessante e que ajuda de fato a sociedade, só que ainda de forma isolada.
Se outros empresarios fizessem o mesmo gesto que esse jovem, ou até mesmo o governo tomasse iniciativa, com certeza a desigualdade seria muito menor.
Fico na torcida para que projetos como esse dure por muitos anos e se amplie, surgindo novas oportunidades para pessoas com necessidade.

Wesley Santana Matos 2°D N°40
EE. Prof Alberto Salotti

Gabriella Stefannie disse...

Na matéria, o papel do Instituto é fundamental na educação social principalmente dos mais ricos, num mundo tão capitalista, o contraste de poder aquisitivo: uns tem muito e outros tão pouco.
A desigualdade social cresce mais e mais, e a cidadania é deixada de lado por um mundo que valoriza o capital e não os direitos do ser humano. Muitos imaginam um mundo de igualdade, mais será que com tanta ganancia isso será possivel? O mundo está nas mãos de quem possui muitas cifras, e esses tão pouco se importam se os direitos de outrem sejam desrespeitados, ignorados. A função desse paralelo é mostrar o quanto a sociedade capitalista é "cruel" com relação a desigualdade social que só tende a aumentar.

Aluna: Gabriella Stefanie N°: 18 Série: 2°AEscola: E.E. Professor Alberto Salotti

Unknown disse...

E.E PROF. Alberto Salotti
Caroline de Moura Silva n°06 2°B

Capitalismo é um sistema econômico onde se valoriza o capital.Neste sistema o homem não é visto como um ser humano com sua psíque,família etc.Sistema selvagem, onde um "nem está ai prara o outro".Só se preocupacom si mesmo.
Agora Cidadania é exercer seus direitos e devere, ou seja, ser cidadão.

O Capitalismo obriga as pessoas a esquecerem de que são cidadãos,e que todos são iguais.E o capitalismo só é um sistema econônico utilizados na maior parte do mundo porque ele é baseado nas desigualdadessociais.Um ganha Outro perde.
E o que se poder concluir com esse questionamento CapitalismoXCidadania é que um não existe plenamento com a existencia do outro.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

O programa me pareceu ótimo,Porque muitos moradores de rua ñ querem somente ajuda, e sim, deixarem de ser excluidos da sociedade.eles precisam se sentir últeis, este programa está ajudando-os muito,não com esmolas mas sim fazendo-os serem reconhecidos.

E.E. Prof. José Vieira de Moraes
Marilia C. Silva N°47 2°N

Unknown disse...

Não é de hoje que o Capitalismo predomina o jeito de viver das pessoas, hoje para você ser bem tratado tem que ter um elemento principal: Dinheiro...
Pessoas que não tiveram oportunidades da vida quando novas, depois de adultos tem que matar um leão a cada dia para ter seus direitos de cidadão, que são o mínimo: estudo, súde e segurança..enfim, para ter seus direitos hoje você precisa ostentar poder (dinehiro).

O capistalismo cidadão fica dificil quando é interesse do governo apenas faturar e fazer as vontades dos mais afortunados...quando isso mudar um dia ( se mudar ) poderemos ver um capitalismo cidadão.

E.E. Profº José Vieira de Moraes
Adriely do Nascimento Mendes Nº02 Série 2ºN

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Essa iniciativa, na minha opinião, foi ótima porque integrou as pessoas que se sentem excluídas da humanidade, elas pensam que só porque não tem as mesmas condições de vida que muitos poderosos por ai, não são aceitas, pelo contrário, são pessoas como todos nós, com as mesmas capacidades. Com isso eles se sentiram incluídos na sociedade, podendo colocar o seu trabalho como “opiniões”. A idéia de recompensar foi melhor ainda, isso pode se transformar em um incentivo, eles sentiram a recompensa pelo próprio trabalho, então com a sensação de recompensa, quem sabe eles não pensam melhor no assunto de mudar de vida?

E.E. Prof° José Vieira de moraes
Thainá Oliveira
n° 49
2°N

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

gostei da iniciativa do jovem, de integrar jovens e tentar
fazer com que eles tivessem uma visão diferente do dinheiro
na sociedade. Se muitas pessoas juridicas ou milionarios
tomassem essa iniciativa, com certeza a nossa sociedade
seria diferente em alguns aspectos. Esse projeto criado
por esse milionario foi uma forma de mostrar que a sociedade
pode sim se crescer junta sem os egoismos e orgulhos banais
que temos vistos frequentemente no nosso meio. O nosso papel
como cidadadão é cuidar da nossa sociedade para que assim
possamos estar bem fazendo parte dela.

E.E . José Vieira de Moraes
Kerolaine Borges de Sant' Anna
nº 29 2ºano O

Thaynara disse...

Bom eu achei muito interessante o fato do jovem milionário Marcos ser uma pessoa tão conscientezada, mas para que mude essa dura realidade de poucas pessoas com muito e muitas pessoas com pouco é preciso que todos indiferente de sua classe social tenham a conscientização e queiram mudar essa cruel relidade.Mas um fato muito interessante e que deve sim ser ressaltado é a inauguração na rua Oscar Freire, onde foi resevado um espaço que mostra a contradição social, na minha opinião para você demontrar a contradição social não é preciso um espaço reservado em lugares tão luxuosos, pois muitas pessoas vão até a exposição se comovem (detalhe sentimento de comoção por 20Min no máximo 25Min) e depois voltam a suas compras com seus cartões de crédito sem limite, o que é realmente importante é as pessoas só se derem ao trabalho(se isso for um trabalho), onde enquanto estão passando pelas ruas com seus carros, por baixo de viadutos,pelas ruas de São Paulo, prestarem a atenção e verem moradores de rua, milhares de barracos caindo aos pedaços, pessoas catadoras de papelão com suas enormes carroças,isso sim é ver a contradição social em pratica e tentarem ajudar, melhorar essa situação.
Achei muito interessante e importante os participantes do projeto se beficiarem, tendo a chance de se reinventarem criativos, e de se construírem autônomos, soando como:Nossa eu tenho capacidade de conseguir algo importante em minha vida, onde poderá benifiar muitas pessoas, EU CONSIGO FAZER A DIFERENÇA EM MINHA VIDA E NA VIDA DE MUITAS PESSOAS.

Thaynara Barros Nº36
2ºE
E.E Professor Alberto Salotti
Período : Manhã

Unknown disse...

E.E.Prof. Alberto Salotti
Leonardo Freitas de Souza nº15
2ºD

Capitalismo e Socialismo são coisas bem distintas mas esse jovem ao tomar essa atitude tenta aproximar um pouco esses dois conceitos,tentando promover a inclusão social e acabar com as desigualdades existentes dentro da sociedade.É uma pena que o Marcos seja uma excessão dentro do sistema capitalista q só visa os lucros e acaba se alimentando da pobreza de pessoas como essas que foram fotografadas,diferente do socialismo que tem um olhar social e busca acabar com as desigualdades.

Islana Dantas disse...

Acho ótima a intenção deste jovem e acredito que ao ver o trabalho deles muitas pessoas vão ter idéia do que a população mais pobre passa e irão refletir mais sobre isso. Mas apesar de ser uma iniciativa muito boa, acredito que não afetara muito. Claro que ao ver as fotos muitas pessoas irão até ficarem "chocadas" com a triste realidade dessas pessoas, mas será que elas iriam mover algum dedo para tentar ajuda-las de alguma forma? A verdade é: Vivemos em um mundo capitalista aonde a população só pensa em si mesmas e querem sempre o melhor. E consequencia disto vemos o quanto a desigualdade é grande. Não só em nosso país, como em todo o mundo. E digo que, a desigualdade entre as pessoas é chocante e difícil de se ver. Não é certo, mas se tornou tão comum que hoje em dia são poucas as pessoas que tentam mudar isso.

jonivan disse...

O capitalismo é a base que forma uma sociedade cada vez mais rude consigo mesmo, exigindo um alto gasto financeiro onde muitas pessoas sofrem por serem de baixas classes.
Nesse meio do capitalismo gera um confronto entre as classes mais altas da sociedade onde um tenta ser mais poderoso financeiramente que o outro, enquanto as clases mais baixas são dominadas por eles.
Existem hoje, programas que ajudam pessoas necessitadas a reerguer sua prestatividade na sociedade atual, mas infelizmente esses programas não são o suficiente para suprir todos esses necessitados.

n°:13 1ºI

Idéias de um “espírito livre” disse...

Fiquei muito feliz ao ler os comentários!! Muita gente inquieta!! Que ótimo!! Coloco-me a disposição para falar sobre o projeto e entender quais são as dúvidas e críticas. Segue meu e-mail: marcos@amaroparticipacoes.com
Com respeito, Marcos Amaro