terça-feira, 12 de outubro de 2010

A mãe dos pobres...


É natural que os candidatos apelem para suas experiências no horário eleitoral para convencerem seus potenciais eleitores.

Ocorre que experiência nem sempre é sinônimo de eficiência. Que o diga o presidente LULA, considerado o presidente mais popular da história desse país. LULA não colecionou cargos públicos de grande relevancia. Saiu do sindicalismo para a Câmara dos Deputados, onde foi deputado constituinte. Amargou sucessivas derrotas eleitorais para o executivo até chegar onde chegou. Sua história de vida que ganhou as telas é um currículum por excelência.

Serra, por sua vez, se engrandece de ter sido Deputado, Senador, Ministro, Prefeito e Governador. Os dois últimos no entanto abandonou no meio do caminho, mesmo tendo assinado em cartório o compromisso de cumprir os mandatos.

Experiência em cargos públicos, de fato Serra tem, assim como FHC também tinha. O que lhes falta no entanto, e isso é duro de lidar politicamente é a eficiência que LULA tem demonstrado ao longo desses oito anos de mandato.

A "inexperiência" de LULA foi amplamente suprida por seu carisma, indiscutível identificação com a massa popular e inesperada capacidade de gestão.

DILMA Rousseff tem ainda menos experiência que LULA. Sua vivência se deu basicamente na área técnica no Rio Grande do SUL e o ápice de sua carreira foi a de Ministra Chefe da Casa Civil. Fora isso, nenhuma experiência parlamentar.

Isso posto, podemos concluir (por experiência)que biografia de político não é garantia alguma de eficiência de governo.

O que o brasileiro tem diante de si, muito mais que biografias, são PROJETOS DE GOVERNO que precisam ser cuidadosamente avaliados antes da definição do voto.

DILMA representa, ao menos em teoria, a continuidade de um governo amplamente aprovado.

Serra fala em superação, "O Brasil pode mais". A questão que se levanta é se o Brasil pode mais governado a partir de uma biografia ou de um projeto de governo.

Dilma não tem uma biografia política, mas tem um projeto, ainda que sob a égide do "continuísmo", afinal, trata-se da continuidade de algo que vem dando certo (?).

Serra tem biografia política, mas carece de um projeto alternativo de governo, pelo que não lhe resta slogam mais propício que "O Brasil pode mais".

O que as pesquisas de opinião parecem sinalizar é que o eleitorado está mais preocupado em manter as conquistas obtidas do que com o curriculum vitae dos candidatos e Dilma parece encarnar essa expectativa.

O dado concreto é que nenhum dos candidatos empolga. O que podemos saber com quase certeza é que, LULA ao passar a faixa presidencial para o(a) sucessor(a), deixará o Brasil pobre orfão de pai. Antes porém, teve todo o cuidado de preparar uma mãe. Resta saber se esta mãe,sem carisma nem biografia, será capaz de convencer que pode suprir a ausencia do pai. Tem até o dia 31 para isso...

2 comentários:

Anônimo disse...

estou sem palavras nesta atual eleição!!
estou dividido mas, com um certo conforto por não esperar por presidente que seja.....
mas, tenho plena certeza de que: não vai ser nada facil o meio do ano que vem em diante e pelo menos para a maioria do povo.

Ninfeia G disse...

Caro Marcello, é o que eu chamo de impasse, não temos variedades.Mas temos que rechaçar o pior, isso é inquestionável.
E lutar para que o melhor se aperfeiçoe.
Ninféia G
http://arlete-guimaraes.blogspot.com/
p.s- gostei de teu blog.