quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A guerra dos vídeos na internet


Uma característica dessa eleição de 2010 é a avalanche de vídeos que são despejados diariamente na rede a favor e contra os candidatos. Esse, inclusive, é apontado como um dos fatores que empurraram a eleição presidencial para o segundo turno. A internet é um zona neutra e nela trafega diariamente verdades e mentiras que são reproduzidas indefinidamente segundo o gosto partidário de cada internauta.
Basear-se nesses vídeos para qualificar um candidato não é o melhor indicativo para tomada de decisão. Isto porque boa parte desses vídeos são EDITADOS, ou seja, recortados de seu contexto original e colado num contexto apropriado ao que quer disseminar o autor do vídeo. Nessa situação nenhum dos candidatos estão imunes de serem caluniados. Ambas as campanhas se empenham na descontrução da imagem do outro, procurando desqualificá-lo e associá-lo ao que há de pior. Muitos desse vídeos ainda, são de autoria desconhecida, não possuindo assim a chancelas dos candidatos ou dos partidos para sua veiculação. Como disse, a internet é uma zona neutra e quem navega por esse magnífico mundo virtual tem que estar ciente de que está sujeito a encontrar de tudo, seja para o bem, seja para o mau. É recomendável ainda, uma dose razoável de bom senso para não sair reproduzindo videos duvidosos como se fossem oráculos dos deuses.
Quando o eleitor age de maneira irresponsável disseminando tais vídeos, ele entra no jogo sujo do qual condena.
A internet é uma ferramenta democrática e acessível a boa parte da população média. O brasileiro precisa aprender a lidar com ela de forma a ser um instrumento de auxílo e não de confusão.

Que essa guerra se limite ao mundo virtual.Se não domarmos nossos instintos primitivos corremos o risco de ver contemporanizado a teoria de Thomas Hobbes, onde o estado de natureza nos levará a guerra de todos contra todos.

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